No Man is an Island: a selection from the prose of JOHN DONNE
Talvez ninguém tenha escrito melhor sobre a condição humana – coração, corpo e alma – do que John Donne (1572-1631). Conhecido na sua juventude como um «grande visitante de senhoras, um grande frequentador de leigos, um grande escritor de versos presunçosos», Donne tornou-se em 1621 o reverenciado Deão da Catedral de São Paulo, em Londres.
A sua prosa é tão espirituosa e apaixonada como a sua poesia. Esta coleção, compilada especialmente para a The Folio Society pelo editor literário Rivers Scott em 1997, começa com os primeiros Paradoxos e Problemas de Donne, descritos pelo seu autor como «arrogantes». Aqui Donne se diverte abordando considerações mundanas. Ele argumenta que as mulheres «devem pintar-se», que «um homem sábio é conhecido por rir muito» e até, bancando o advogado do diabo na sua «Defesa da Inconstância das Mulheres», que as mulheres devem mudar os seus amantes juntamente com as suas roupas íntimas.
Apesar da veia obscena de alguns de seus trabalhos, Donne também se preocupava muito com a espiritualidade. Seu estudo sobre suicídio, Biathanatos, é o primeiro trabalho em inglês sobre o assunto; suas Devoções, incluindo um relato comovente de sua doença quase fatal, tentam reconciliar o terreno com o divino; enquanto seus sermões estrondosos, tão impressionantes nas páginas quanto devem ter sido no púlpito, nos lembram que as grandes questões da vida não mudaram em quatro séculos.
Esta edição contém uma série de gravuras contemporâneas cuidadosamente escolhidas. Entre eles estão frontispícios e páginas de título originais de várias de suas obras, além de cenas que ilustram seus temas, incluindo marcos históricos de Londres, como a Catedral de São Paulo. Essas imagens em preto e branco contrastam lindamente com as ricas guardas roxas e a capa do livro.
Descubra esta prosa meditativa que transmite a essência do lugar humano no mundo – passado e presente.
Selected, edited and introduced by Rivers Scott