Vies Des Dames Galantes - Pierre de BOURDEILLE SEIGNEUR DE BRANTÔME
Texto baseado na edição original do arquivista-paleógrafo Jacques Haumont, 24 xilogravuras do período renascentista
"Vies des Dames Galantes", escrito por Pierre de Bourdeille, Seigneur de Brantôme, é uma coleção de relatos e anedotas sobre as mulheres da corte francesa e suas vidas amorosas durante o Renascimento. Publicada postumamente em 1665, a obra faz parte de uma série de memórias escritas por Brantôme, que teve uma carreira militar e diplomática, além de ter sido um observador astuto da vida cortesã.
A obra se concentra nas histórias e comportamentos das mulheres da nobreza, destacando seus relacionamentos amorosos, intrigas e papéis na corte. O livro mistura histórias reais com tons de fofoca e comentários, refletindo as atitudes e costumes de sua época em relação ao amor, ao casamento e à sexualidade. Brantôme narra as histórias com uma certa admiração pela liberdade e astúcia das mulheres que descreve, oferecendo uma visão intrigante das figuras femininas que usaram sua inteligência e charme para navegar pelo mundo masculino do poder.
Escrito em um estilo leve, fluido e frequentemente humorístico, o texto de Brantôme se caracteriza por uma mistura de crônica histórica com fofoca picante. Sua linguagem direta e, por vezes, provocativa, destaca a sexualidade feminina de uma forma que desafiava as normas literárias e morais da época. A obra é famosa tanto por seu tom libertino quanto por seu retrato de uma era de intrigas amorosas, jogando luz sobre o comportamento e os costumes da aristocracia francesa.
Embora "Vies des Dames Galantes" seja muitas vezes lido como uma obra de entretenimento e anedotas galantes, ele também oferece uma crítica velada às estruturas de poder e ao papel das mulheres na sociedade renascentista. Brantôme reconhece a inteligência, o poder de sedução e a agência das mulheres da corte, desafiando, de certo modo, a visão tradicional de que elas eram meramente passivas ou subordinadas. Ele celebra sua habilidade de usar sua feminilidade e influência nos bastidores políticos.
"qu'une ombre. Nevers, dans ses Mémoires, prétend qu'il fut empoisonné par une dame de ses maîtresses. On lui ft à Paris de magnifiques funérailles, d'après ce que rapporte l'Estoile. Ce prince n'était point beau; son nez difforme et bourgeonné lui mérita une épigramme lors de l'expédition des Flandres:
Flamands, ne soyez estonnez
Si à François voyez deux nez
Car par droit, raison et usage,
Faut deux nez à double visage.
J'avois voué ce 2° live des Femmes à mondict seigneur d'Alençon, durant qu'il vivoit, d'autant qu'il ne faisoit cet honneur de m'aimer et causer fort privement avec moy, et estoit curieux de sçavoir de bons comptes : ores, bien que son généreux et valheureux et noble corps gise sous sa lame honorable, je n'en ay pourtant voulu révoquer le vœu, ains je le redonne à ses illustres cendres et divin esprit, de la valeur duquel et de ses hauts faits et mérites je parle à son tour comme des autres grands princes et grands capitaines, car certes il la esté, s'il en fut one, encor qu'il soit mort fort jeune. 'est assez parlé des choses sérieuses, il faut un peu parler des gayes."
Jean de Bonnot Éditeur, 1972
Impresso na França
Em Françês
Encadernação inteira em couro de ovelha preta
Lombada decorada com ouro fino de 22 quilates
Ilustrado
24 xilogravuras do período renascentista
333 páginas
21 x 15 cm
